A saúde e a vida do homem

É preciso refletir sobre a saúde e a vida da população masculina, que em todo mundo vive menos do que a feminina. A Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2016, registrou que a média da expectativa de vida ao nascer da população mundial era de 74 anos para mulheres e de 69 anos para homens. Enquanto no Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019, era de 80 anos para mulheres e de 73 anos para homens, ou seja, 7 anos a menos. 

A questão genética pode ser um dos fatores que determinam essa diferença. Estudos do University College London revelam a influência dos cromossomos no prolongamento da vida. As mulheres têm cromossomos XX e os homens XY. Os cromossomos X contêm muitos dos genes que ajudam a viver mais. Portanto, ao contrário dos homens, se uma mulher possui um defeito genético no cromossomo X, tem outro para auxiliar.  

Outro fator de influência, de acordo com especialista, está na produção de hormônios na adolescência, a testosterona. A taxa de mortalidade dos homens aumenta ao final dessa fase. O estímulo desse hormônio seria o motivo da  exposição a riscos, como acidentes ou brigas.   

Juntam-se a todos esses aspectos há os fatores culturais que, em geral, são de incentivo a uma postura mais violenta e arriscada, como fumar, beber e se alimentar de forma inadequada. Além disso, a população masculina frequenta menos o médico do que a feminina. 

Por isso, a data de hoje pede um olhar especial para essas questões. Que os homens façam exames preventivos, pois o diagnóstico precoce facilita o tratamento de diversas doenças, como o câncer de próstata, além de aumentar as chances de cura. Além dos exames de rotina, cuide da sua saúde diariamente. Evite alimentos gordurosos e bebidas alcoólicas, não fume e pratique exercícios físicos. Com isso, em um futuro próximo, conforme estudos recentes, a diferença na expectativa de vida entre os sexos deve diminuir.