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Aleitamento materno: um ato de amor
08/08/2022 |
O mês de agosto é dedicado às campanhas sobre a importância da amamentação para os bebês. O conhecido “Agosto Dourado” (a cor tem a ver com o padrão ouro de qualidade do leite materno) leva a sociedade a refletir sobre a amamentação como um ato essencial para a saúde do bebê. Conforme inúmeros estudos, o leite materno como única forma de alimentação até o sexto mês de vida pode evitar diversas mortes. A amamentação também é importante para estabelecer uma maior relação afetiva entre mãe e filho. O desmame precoce pode afetar tanto a saúde física quanto mental do recém-nascido e da criança.
O leite materno é um alimento natural rico em proteínas e nutrientes (vitamina A e ferro), além de ser uma importante fonte de energia para o bebê. Entretanto, os benefícios do aleitamento não se restringem apenas a ser uma rica fonte alimentícia. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o aleitamento materno reduz em 13% a mortalidade infantil, uma das grandes preocupações da campanha.
Até o sexto mês de vida, as crianças não precisam tomar sucos, chás, nem mesmo água. O leite possui tudo que o bebê necessita, vitaminas, minerais, açúcares, proteínas e gorduras necessárias para a alimentação saudável da criança. Além disso, o leite materno possui vários fatores imunológicos contra várias doenças, como diarréias, infecções respiratórias e alergias.
A primeira mamada pode ser feita ainda na sala do parto, nos momentos iniciais da vida do bebê. Nos primeiros dias depois do parto, o leite é chamado de colostro, considerado a primeira vacina da criança. De coloração mais amarelada, ele apresenta mais proteínas, menos gorduras e é rico em fatores de defesa. Depois de aproximadamente uma semana, observa-se a produção do chamado leite maduro, que pode ser classificado em leite anterior e posterior. O anterior é aquele do início da mamada e possui muita água. Já o posterior é o do final da mamada e é mais rico em gorduras.
Benefícios da amamentação para os bebês:
- Ajuda a evitar infecções e alergias precoces
- Reduz as chances de desenvolver problemas como diabetes, obesidade, diarreias e doenças cardiovasculares no futuro
- Ajuda no desenvolvimento neuromotor
- Mantém bom funcionamento intestinal
- Estabelece e desenvolve as percepções sensoriais
- Estabelece relação afetiva entre mãe e filho.
- Ajuda no aumento da flexibilidade na articulação do rosto e fala.
A amamentação após o parto também traz benefícios à mulher, pois diminui o sangramento materno e ajuda o útero a voltar ao normal. O aleitamento materno também está associado com a redução dos casos de câncer de mama.
Mas alguns cuidados são importantes durante esse período de amamentação, principalmente quando o assunto é o uso de drogas e álcool. O uso dessas substâncias deve ser evitado, assim como o uso de medicamentos sem receita médica.
Durante a amamentação também podem ocorrer imprevistos, mas algumas medidas simples podem ajudar a evitar problemas comuns:
- Fissuras e rachaduras: observar se o bebê está posicionado de maneira correta durante o momento da amamentação e secar bem as mamas.
- Ingurgitamento: colocar o bebê para mamar mais vezes e fazer a retirada manual do excesso de leite.
- Mastite: retirar o excesso de leite e procurar o médico quando o quadro não melhorar em um período de 24 horas.
- Leite secando: colocar o bebê para mamar mais vezes.
Alguns problemas realmente são complicadores para a amamentação. Mulheres HIV positivas e que estão realizando quimioterapia ou radioterapia, por exemplo, não podem fornecer seu leite aos filhos. O melhor é alimentar a criança com leite de outra mulher saudável. Mas caso não seja possível, o ideal é optar por produtos que substituem o leite materno.
Fonte: Unicef Brasil
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