Como seu estilo de vida influencia na prevenção do câncer

Você já pensou sobre o seu estilo de vida? O que as suas atitudes revelam sobre você e como podem repercutir na sua saúde no futuro? É importante ficar atento, pois especialistas afirmam que estilo de vida pode, sim, influenciar no surgimento de doenças como o câncer e, por isso, alguns cuidados são essenciais para evitar o aparecimento da doença.

Apesar de estar entre as principais causas de morte no Brasil e no mundo, e poder, na grande maioria das vezes, ser evitado com a adoção de estilos de vida saudáveis, segundo relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença faz parte do grupo de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) responsável por 74% das mortes no planeta.


Prevenção é essencial
Por se tratar de uma doença multifatorial complexa, o câncer pode apresentar causas externas, presentes no meio ambiente, e causas internas, como hormônios, condições imunológicas e mutações genéticas. Conforme o Instituto Nacional de Câncer (Inca), de 80% a 90% dos casos estão associados a fatores externos, como as mudanças provocadas no meio ambiente pelo ser humano, os hábitos, atitudes e comportamentos.

Entre as causas externas, estão a poluição ambiental no geral, as exposições ocupacionais, os hábitos, atitudes e comportamentos, como sedentarismo, baixo consumo de frutas e vegetais, e o uso de álcool e tabaco. Também alguns tipos de câncer podem ser causados por infecções, como a hepatite e a infecção pelo papilomavírus humano (HPV), responsáveis por cerca de 25% das mortes pela doença em países de baixa e média renda.

O envelhecimento também contribui para a maior frequência de muitos tipos de câncer, em função das diversas alterações fisiológicas relacionadas ao avanço da idade, assim como pelo fato de que o aumento da expectativa de vida também propicia maior exposição aos fatores externos relacionados à ocorrência do câncer.

No entanto, a adoção de hábitos saudáveis que envolvem o corpo e a mente, ajuda na prevenção.  Mas é preciso estar disposto e, sobretudo, olhar para si, avaliar as atitudes e fazer as mudanças necessárias.


Atenção aos fatores de risco
Alguns fatores relacionados ao estilo de vida podem aumentar o risco de desenvolver a doença. A obesidade é um delas. Uma pessoa que tem obesidade, por exemplo, pode ter chegado a este estágio tanto por questões genéticas, como pela saúde fragilizada por um estilo de vida.

Portanto, cuidar da saúde, manter hábitos saudáveis, praticar exercícios físicos e se alimentar bem, é o básico. Ocorre é que, em muitos casos, as pessoas mudam o estilo de vida somente após ser impactado por uma doença grave ou pelo surgimento de um câncer.

O ideal é não esperar pelo pior para tomar iniciativas. Mudanças geram esforço e desconforto. Aqueles hábitos enraizados, como consumo fácil de produtos industrializados, dificultam o propósito de uma vida saudável.


Avalie os fatores de risco presentes na sua vida:
- Tabagismo: você fuma?
- Sedentarismo: faz atividade física regularmente?
- Alimentação: o que você costuma comer? Você consome muito açúcar? Alimentos industrializados? Consome bebidas alcoólicas com frequência?
- Radiação ultravioleta: como você se protege do sol?
- Doenças infecciosas: como você se previne de doenças infecciosas? E das doenças sexualmente transmissíveis?

Faça as mudanças necessárias
- Não fume, nem de forma ativa ou passiva.
- Evite consumir alimentos processados, industrializados, açúcares, gorduras de má qualidade, bebidas alcoólicas e produtos refinados.
- Se alimente com frutas, verduras e tudo o que é cultivado na terra, além de grãos integrais, gorduras de boa qualidade e água.
- Pratique atividade física diariamente, ainda que seja 30 minutos por dia. Se movimente para manter o corpo forte e ativo.
- Faça seu check-up regularmente e converse com seu médico sobre tudo de diferente que venha sentir no seu corpo. Mantenha exames e vacinas em dia.
- Faça sexo seguro.


Lembre sempre que a prevenção de inúmeras doenças passa pelo esforço em adotar um estilo de vida saudável, o que significa, acima de tudo, amor-próprio.


Fonte: INCA / OMS