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ELA - doença que afeta 35 mil brasileiros

28/08/2020 |

Um dois mais brilhantes cientistas da sua geração, o físico britânico Stephen Hawking, morto em 2018 aos 76 anos, enfrentou durante uma vida a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). As limitações da doença, que o levou à cadeira de rodas, não impediram Hawking de produzir teorias fundamentais à física moderna, casar duas vezes e ter filhos. Uma vida bastante ativa para quem descobriu a ELA aos 21 anos, sendo que o óbito, em geral, ocorre de 03 a 05 anos após o diagnóstico. De acordo com o Ministério da Saúde, somente cerca de 25% dos pacientes sobrevivem por mais de cinco. No entanto, há casos de pacientes, como Hawking, que vivem bem e por muito tempo.

De origem neurológica e sem cura, ela é degenerativa, provocando a morte dos neurônios responsáveis pelos movimentos. Pacientes com a doença sofrem paralisia gradual e morte precoce como resultado da perda de capacidades como falar, movimentar, engolir e até mesmo respirar. Apesar de ter se manifestado cedo em Hawking, a patologia aparece, com mais frequência, nos indivíduos entre 55 e 75 anos de idade. Atualmente no Brasil, conforme a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM), 35 mil pessoas têm a doença. 

Começa com pequenas microcâimbras, chamadas de fasciculações, que lentamente evoluem para o corpo, paralelo a uma fraqueza progressiva, nas mãos, pernas, músculos dos ombros, pescoço e, alguns casos, problemas de fala. Foi um desses sintomas que, provavelmente, levou Hawking a descoberta da ELA, ao sofrer uma queda quando andava de patins. A dificuldade em andar e tropeções frequentes também podem ser sinais da patologia.

O diagnóstico é feito, inicialmente, por análise clínica e exame físico. É fundamental a identificação precoce da doença para retardar a evolução, o mesmo pode-se dizer do tratamento, que é multidisciplinar sob a supervisão de um médico, com acompanhamento de fonoaudiólogos, fisioterapeutas e nutricionistas. Quanto à medicação, o Ministério da Saúde indica começar com riluzol, que reduz a velocidade de progressão da doença e prolonga a vida. Mas, sobretudo, o importante é que, assim como Stephen Hawking, o paciente acredite na vida e saiba que tem muito a contribuir com ela.


 

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