Houve um tempo em que o diagnóstico de HIV era uma sentença de morte. Felizmente hoje a realidade é outra e desde que o vírus começou a circular, há 40 anos. Houve muitos avanços no tratamento do HIV, garantindo atualmente uma vida plena e longa aos pacientes. Mas ainda não existe cura - apesar de já estar sendo testada no Brasil uma vacina para evitar que esse vírus continue se disseminando.
No entanto, a melhor forma é a prevenção e a consciência de que, mesmo com o diagnóstico, é possível ter uma vida plena e de qualidade. Hoje são mais de 37 milhões de pessoas no mundo vivendo com AIDS. O Dezembro Vermelho, campanha instituída em 2017, marca uma grande mobilização nacional na luta contra o vírus, chamando a atenção para a prevenção, a assistência e a proteção dos direitos das pessoas infectadas com o HIV. Além disso, serve para incentivar o diagnóstico e o tratamento da doença. A camisinha é a forma mais fácil e simples de se prevenir contra o HIV, evitando também outras doenças sexualmente transmissíveis.
Assim, o Dezembro Vermelho tem como um dos seus propósitos levar a informação. Esse é um dos elementos mais importantes, tanto para combater o preconceito, orientar para prevenção, alertar sobre o diagnóstico precoce e, sobretudo, para mostrar que é possível conviver com a doença e ser feliz.
Saiba mais:
O QUE É HIV/AIDS?
É a doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (da sigla em inglês HIV). Esse vírus, do tipo retrovírus, ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. O vírus é capaz de alterar o DNA dessa célula e fazer cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.
Na primeira fase da infecção pelo HIV pode ou não ter sintomas: o vírus passa de 3 a 6 semanas em incubação, depois desse período o paciente pode apresentar sintomas semelhantes aos de uma gripe, como febre e mal-estar. Em uma segunda fase, que pode durar anos, a síndrome se torna assintomática, porém o vírus continua presente no paciente.
Com o passar do tempo, as células de defesa do organismo iniciam um processo de rápida destruição, levando o paciente a apresentar sintomas como febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento. A fase seguinte é quando a baixa imunidade abre as portas do organismo para as doenças oportunistas como hepatites virais, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose e alguns tipos de câncer?.
Mas com o tratamento adequado, o vírus HIV fica indetectável, ou seja, não pode ser transmitido, além de garantir qualidade de vida ao paciente. Deste modo, é possível viver com HIV, ser saudável, sonhar, ser feliz e ter uma vida longa e produtiva.
COMO É O DIAGNÓSTICO?
Para o diagnóstico é necessário fazer exame sorológico (de sangue) e a recomendação é realizar o teste sempre que se passar por alguma situação considerada de risco.
COMO É TRANSMITIDA?
Os pacientes soropositivos podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, ao compartilharem seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção. É sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.
QUAL O TRATAMENTO?
O tratamento deve ser feito com os medicamentos antirretrovirais, assim que houver o diagnóstico. Esses medicamentos (coquetel) impedem que o vírus se replique nas células T CD4+ e evitam que a imunidade caia e que a doença apareça.
PREVENÇÃO
O uso do preservativo (masculino ou feminino) em todas as relações sexuais (orais, anais e vaginais) é o método mais eficaz para evitar a transmissão do HIV/Aids, além das IST e das hepatites virais B e C.
Fonte: Ministério da Saúde