Mais qualidade de vida para pacientes de Fibromialgia, Lúpus e Alzheimer

Quando duas estrelas do pop anunciaram seus dramas pessoais, há 6 anos, por sofrerem com Lúpus e Fibromialgia, o mundo se perguntou do que se tratavam essas doenças. Selena Gomez, postou uma foto do transplante de rim por causa do Lúpus. Já Lady Gaga cancelou o show no Rock in Rio e a turnê pela Europa por causa da fibromialgia. De lá para cá muito se evoluiu em termos de informações para o tratamento dessas doenças que, apesar de diferentes em seus sintomas, possuem em comum o fato de não terem cura. 

A campanha Fevereiro Roxo, que acontece desde 2014, sem dúvidas, tem auxiliado muito na conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce, incluindo ainda o alerta sobre a doença de Alzheimer. É quando organizações não-governamentais e prefeituras promovem ações de esclarecimentos para a população sobre a importância de buscar auxílio médico já aos primeiros sinais das patologias.

Engajados nesta campanha, neste artigo vamos desvendar um pouco mais sobre essas doenças, sintomas e tratamentos. O propósito é auxiliar na qualidade de vida das pessoas acometidas por essas doenças. Vamos incluir, ainda, informações sobre o Alzheimer, que também integram a campanha do Fevereiro Roxo.


Fibromialgia
É uma doença que aumenta a sensibilidade à dor através de nervos. A doença tem tratamento, com medicamentos e também atividade física. Logo que foi descoberta, acreditava-se que as pessoas com fibromialgia tinham um problema nos músculos. No entanto, atualmente sabe-se que quem sofre dessa síndrome possui uma alteração no processamento da informação da dor na medula e no cérebro, o que leva a sentirem dor de uma forma muito mais intensa e por um tempo prolongado. A fibromialgia pode se apresentar sozinha ou simultânea a outras doenças e, em alguns casos, pode ter como causa uma intolerância alimentar, como o glúten, por exemplo.

Entre os sintomas da fibromialgia estão: dor, cansaço, ansiedade e sono não reparador. A dor espalha-se pelo corpo, surgindo um pouco em um lugar, hora no outro. Na maioria das vezes, a dor está na região da cintura pélvica, num lado do ombro, no dorso e na lombar.

Os tratamentos para a fibromialgia são atividade física, uso de alguns antidepressivos, anticonvulsivantes e ansiolíticos. A atividade física é essencial, pois melhora a atenção, a pessoa conhece melhor o corpo, produz serotonina e dopamina, o que leva a um resultado melhor do tratamento. Além disso, o sono fica mais reparador, a musculatura mais solta e reduz de forma significativa a dor.


Lúpus
O Lúpus é uma doença inflamatória crônica de origem autoimune. Pessoas de qualquer idade, raça e sexo, podem ser acometidos, mas o índice é maior entre as mulheres. Os sintomas podem surgir em diversos órgãos de forma lenta e progressiva ou de maneira rápida.  Os tipos principais de Lúpus são o cutâneo, que se manifesta apenas com manchas na pele, e o sistêmico, que atinge um ou mais órgãos internos.

Apesar de ser uma doença crônica, o Lúpus tem tratamento. São recomendados alguns cuidados como evitar se expor ao sol (sempre usar protetor), evitar o uso de anticoncepcional à base de estrógeno, além de adotar uma dieta saudável, a prática de atividade física, não fumar e ter o acompanhamento médico.

Entre os sintomas podemos destacar o emagrecimento, febres, perda de apetite, fraqueza e desânimo. Há ainda outros, específicos de cada órgão como: dores nas juntas, aparecimento de manchas na pele, hipertensão, inflamação da pleura, hipertensão e/ou problemas nos rins.

Apesar da causa do Lúpus não ser conhecida, entende-se que fatores genéticos, hormonais e ambientais auxiliam no seu desenvolvimento.


Mal de Alzheimer
Essa doença acomete principalmente pessoas idosas. A sua principal característica é  a perda progressiva das funções cognitivas (memória, orientação, atenção e linguagem), o que  ocorre devido à morte de células cerebrais. Quando diagnosticada e tratada no início, é possível garantir melhor qualidade de vida, mas não tem cura. No entanto, a boa notícia é que as pesquisas científicas têm progredido na compreensão dessa doença e no desenvolvimento de medicamentos, garantindo uma qualidade de vida melhor, mesmo na fase grave da doença.

Quanto aos tratamentos indicados podem ser divididos em farmacológico e não farmacológico, exigindo o trabalho de uma equipe multidisciplinar.

O principal objetivo é aliviar os sintomas, procurando prolongar a independência das pessoas nas atividades cotidianas.



Fontes: SBED - Sociedade Brasileira do Estudo da Dor / Associação Brasileira Superando o Lúpus / Ministério da Saúde