O vírus da solidariedade

Ao contrário do que poderia se imaginar, o isolamento social, em virtude do novo Coronavírus, tem aproximado as pessoas. A solidariedade e a cooperação, passaram fazer parte do dia a dia delas. Há quem se disponha a fazer compras em mercados e farmácias para evitar que idosos e demais integrantes do grupo de risco se exponham ao vírus. Há aulas e orientações gratuitas via internet, lives realizadas por artistas, grupos de arrecadação de doações de alimentos e redes de cuidado com a saúde mental.

O vírus nos fez enxergar que precisamos viver em cooperação, pois dependemos uns dos outros e o potencial solidário se apresentou como parte da humanidade. É a luta pela vida que faz brotar o sentimento de doação, dando sentido à existência humana. A solidariedade que nasce em um movimento oposto a tudo que se construiu até os dias de hoje, vem vencer a barreira da desigualdade. A pandemia nos colocou de joelhos para mostrar o quanto somos frágeis, para nos dizer que somos todos iguais e que precisamos uns dos outros.

Há uma vontade, um desejo de mudança, uma energia de transformação. E todos dizem em uníssono, que o mundo jamais será o mesmo depois da pandemia. Será, pelo menos, mais solidário.