Em 11 de abril de 1817, o médico inglês James Parkinson, publicou o artigo “An Essay on The Shaking Palsy” (Um Ensaio sobre a Paralisia Agitante), em que descreve as características de seis pacientes que apresentavam como sintoma uma tremedeira constante. O que James Parkinson não imaginava é que após mais de 200 anos, em virtude do seu trabalho pioneiro, a data seria celebrada como Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença de Parkinson.
A enfermidade acomete 1% da população mundial acima dos 65 anos, ou seja, são mais de 4 milhões de pessoas com Parkinson. Com o aumento da expectativa de vida, a estimativa é que esse número dobre até 2040.
Mesmo após tanto tempo da sua descoberta, ainda não há uma cura ou resposta conclusiva sobre a sua causa e desenvolvimento. No entanto, é possível ampliar a expectativa de vida das pessoas em virtude das pesquisas que avançaram a partir dos estudos do médico James Parkinson.
Hoje sabe-se, por exemplo, que o quadro está ligado à morte de células do cérebro responsáveis por produzir a dopamina, um neurotransmissor que controla os movimentos. É a dopamina que ajuda na realização de movimentos voluntários automáticos do corpo, aqueles que são feitos sem que o indivíduo precise pensar sobre eles antes de realizá-los.
A doença tem como característica a tremedeira ou é marcada pela rigidez muscular progressiva. E os sintomas da Doença de Parkinson podem se manifestar de maneiras diferentes em cada indivíduo. De modo geral, eles aparecem primeiro em um dos lados do corpo e costumam se agravar nesta região.
O tratamento atual inclui drogas para inibir a perda de dopamina na massa cinzenta. Além disso, psicoterapia e fisioterapia são aliadas. E existem casos em que é possível instalar eletrodo na cabeça que estimulam a função motora.
Mas a grande aposta está em descobrir o Parkinson em seus estágios iniciais e, claro, nas pesquisas científicas. Enquanto os estudos avançam, vale a máxima: quanto mais cedo for feito o diagnóstico, melhores são os resultados do tratamento.